Em um ataque devastador no Crocus City Hall, uma conhecida casa de espetáculos de Moscou, pelo menos 115 pessoas foram mortas e outras mais de 100 feridas após um tiroteio e explosões atribuídas ao Estado Islâmico.
Na noite de sexta-feira (22), Moscou foi palco de um dos ataques mais sangrentos dos últimos tempos, quando militantes armados e explosões atingiram o Crocus City Hall, uma popular casa de shows na capital russa. O grupo terrorista Estado Islâmico rapidamente assumiu a responsabilidade pelo ataque, que deixou ao menos 115 mortos e mais de 100 feridos, incluindo crianças. Segundo o veículo russo Baza, o ataque começou com um grupo de cinco indivíduos vestidos com trajes camuflados abrindo fogo indiscriminadamente contra as pessoas presentes. Explosões subsequentes agravaram a situação, provocando um incêndio no edifício e complicando os esforços de resgate.
O Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, divulgou um balanço dos feridos, destacando que 60 adultos estão em estado grave, enquanto quatro crianças também foram hospitalizadas. Em meio ao caos, vídeos e relatos em redes sociais mostraram pessoas tentando desesperadamente fugir do local, enquanto ao fundo ouvia-se o som de metralhadoras.
As autoridades russas responderam rapidamente ao atentado, com cerca de 50 ambulâncias sendo enviadas para o local e uma grande operação de resgate sendo montada para atender as vítimas e tentar controlar o incêndio, que foi combatido inclusive com o apoio de helicópteros.
O ataque ocorreu em um momento de grande expectativa, com centenas de fãs aguardando a apresentação da banda Picnic. Felizmente, os membros da banda não foram feridos. A região em torno do Crocus City Hall foi rapidamente isolada, e a estação de metrô Myakinino permaneceu aberta para facilitar o deslocamento e a evacuação das pessoas.
A Rússia declarou que iniciou uma investigação sobre o incidente como um atentado terrorista. Até o momento, o presidente russo, Vladimir Putin, não fez declarações sobre o ataque, embora tenha recentemente rejeitado advertências de possíveis atos terroristas como tentativas de desestabilizar o país.
O atentado ganhou contornos internacionais, com a embaixada dos EUA em Moscou tendo emitido um alerta sobre a possibilidade de um ataque semanas antes do ocorrido. A inteligência dos EUA confirmou a responsabilidade do Estado Islâmico, enquanto a Ucrânia negou qualquer envolvimento, posicionamento esse corroborado pela Casa Branca.
O ataque em Moscou não apenas deixa um rastro de destruição e dor, mas também levanta questões sérias sobre a segurança na Rússia e as relações internacionais em um contexto de tensões crescentes. À medida que as investigações prosseguem, o mundo observa atentamente as repercussões deste ato de terror e as medidas que serão tomadas para prevenir futuros ataques.